Sunday, October 17, 2004

Auto-retrato

Neste pequeno poema
Vou falar sobre mim
Vou contar o meu dilema
Vou começar por aqui
Olhos claros
Azul é a sua cor
Olhos raros
Que por vezes transmitem alguma dor
Cor de pele esbranquiçada
Agora morena no verão
Meio alourada
Sem puder de contestação
Sou pecanina
Talvez pecanina de mais
Gostava de ser mais grandinha
Ter mais uns centímetros e tais
Tenho cabelo meio loiro
A chamar mais para o castanho
Não gostaria ter cabelo tipo cor d’ouro
Pois prefiro o que eu tenho
Agora passando para outro retrato
Um retrato mais de mente
Vamos fazer um trato
Depois disto não me aches doente
Dou grande valor á amizade verdadeira
Por ela de tudo sou capaz
Ir até ao fim do mundo
Sem nunca voltar atrás
Vou até ao derradeiro pensamento
Para por bem um amigo verdadeiro
Até que lhe ocorra o esquecimento
Do problema por inteiro
Sei com quem posso contar
Ou pelo menos tento sabe-lo
Eu tento ajudar
E acima de tudo compreende-lo
Por vezes vejo o mundo noutra perspectiva
E até me compreenderem o seu tempo demora
Tenho uma ou outra veia criativa
Mas para a ter demora perto de uma hora
Talvez seja simpática e divertida
Com algum estado de humor
Mas por vezes sinto-me meio perdida
Mas é porque sinto algum rancor
Acho que já nada me falta dizer
Da pessoa que eu sou
Acho que deu para perceber
Que pelas pessoas verdadeiras tudo dou.

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