Sunday, September 17, 2006

Memorias crucificadas



Crucificado ficou o sentimento
Penetrado na escuridão
Poderoso momento
Que cativou a ilusão

Partiu quando eu estava disposta a chegar
Não tardou a ir embora
De que vale agora chorar
Se já cheguei em má hora?

Um adeus seria pedir de mais
Dado por quem eu não me dei
São aqueles momentos tais
Na qual fatalmente errei

Que me relembram o sorriso
Que me fazem de novo nascer
Hoje da vida já não preciso
Esperarei apenas por morrer

Dizer adeus a quem amo
E a ti logo a seguir,
Irás chamar como eu te chamo
Quando me vires a partir

O sorriso não será visível
Poucos são os que o conseguiram ver
De certa forma será credível
Que me verás no momento de morrer

As minhas mãos abraçaram o céu
E lá em cima guardarei um lugar,
Irá quem tiver a coragem que eu tive
De o céu por ti abraçar

Esse lugar dizem estar por estrear
Ainda ninguém a tal se atreveu
Faz-me então dar que pensar
Porque a escolhida fui eu?

Porque me fez com este coração
Que com lamirés se desfaz
Porque me cria tal sufocação
E me leva para onde não sou capaz

E porque é quê que eu ainda tento acreditar
Que o ser perfeito ainda existe
O quê que ainda me faz pensar
Neste assunto que põe tão triste?

O porquê, tento descobrir
O porquê vai de encontro a ti
Porque motivos posso eu sorrir
Quando perdi metade de mim?

Como no tempo voltar
Se por mais que queira não consigo
Como é que eu vou fazer para ultrapassar
Este tremendo castigo?

Como, eu não sei
Mas pouco já me resta
Sei que até lá morrerei
Mas ficara cá quem presta

E é nessa altura que vais entender
Que eu fui e não tenho regresso
Vais então perceber
Tudo o que eu hoje te peço!

E vais olhar para o alto
E dizer qualidade a qualidade
Vais abstrair todos os meus defeitos
Mas ai… será tarde!

Avô adoro-te !


Estranha é a minha forma de amar
Estranha é a forma como te amo
Sei que podes não acreditar
Mas o teu nome eu sempre chamo

Sinto saudades do teu sorriso
Sinto saudades de ti
Vais voltar a não acreditar
Mas és tudo para mim

Lembra-te do que sempre me ensinaste
Da parte do lutar e vencer
És alguém que me apoias-te
A ti nunca te irei perder

Quero reaver o anjo que há em ti
Quero reaver o teu sorriso matreiro
O que me faz gostar tanto ti
É o teu jeito de seres verdadeiro

Quero-te com força e a seguir em frente
Porque juntos muitos sorrisos temos para dar
Tu fazes-me sentir bem e contente
De ti vou sempre gostar

Tal como tu és o meu anjo
Deixa-me por momento ser o teu
Proteger-te e amar-te
Dar-te tudo o que é meu

Deixa-me ser a força que há em ti
Deixa-me ser a força do teu sorriso
Apoia-te e lembra-te de mim
Pois é de ti que eu preciso

Ès só tu que me ensina musica
Ès só tu que faz distinguir a oliveira da figueira
És tu o meu sorriso
És só tu que me fazes sorrir desta maneira

E assim te mando um abraço
Com toda a força que me deu Deus
Avô eu adoro-te
Os teus problemas também são meus !

Saturday, September 09, 2006

Lúcida do real


Volto a sentir a pobre rotina
A rondar o meu ser,
Sinto uma amena neblina
Que me faz entristecer

Oh tu de onde vens
Onde paira esse teu sorriso
Será que já tens
Aquilo que eu tanto preciso?

Será que tudo foi em vão
Ou será que eu própria perdi
Quantos minutos precisos são
Para ter tudo aquilo que eu pedi?

Quanto mais vou ter que perder
Para perceber o que perdi,
Quanto mais vou ter que sofrer
Para entender o que não entendi

Quanto mais, quanto mais?
O tempo já escasseia
O tempo já não para
Alias, nunca parou...
Mas por momentos...
Gratificamente algo em mim ficou

A tal suave neblina
Que hoje me nega um sorriso
Aquele ameno clima
Que me fez acreditar no paraíso

Me fez acreditar que tudo existia
Mesmo para além do que pode-se ver
Fez-me acreditar que eu teria
Tudo, tudo o que não posso ter

Mas hoje lúcida do real
Nego tal personagem no ecrã
Choro de forma incondicional
Despeço-me com um breve: até amanhã!

Thursday, September 07, 2006

Vivências que perduram


Caindo cinzas sobre o meu percurso
Que assim não me deixam ver por onde prossigo
Tento caminhar sobre as certezas
Mas sobre estas eu não consigo

Terminal de certa forma
Forma essa que me levou á loucura
Tendo eu tido uma toma,
Uma toma de pouca dura

Culpada sou pelos pecados cometidos
Pecadora serei até o tempo me levar
Entre factos omitidos…
Sobre a saída não consigo mais caminhar

As portas estão cobertas
Sobre machados e barões
Não existem linhas entre abertas
Falam mais alto as contradições

Cai no abismo,
Que me levou ao sofrimento
Caiu-me tudo sobre a vida
Todo este desalento

Pelo qual fiz juras
Pelo qual por horas me sacrifiquei
Já não falando assim
As horas que por assim chorei

Viro as costas mas sinto dor
Viro as costas mas tudo lembro
Sinto um tremendo pudor
Sinto… e já não aguento !

Não aguento saber que tudo mudou
Não aguento saber que eu própria mudei
Onde está mais quem me ajudou ?
Questiono-me apenas onde errei…

Onde falhei em tal passado
Para que o presente segui-se assim
Sinto tudo de certa forma agoirado
Sinto-me triste, sinto-me sim.

Tuesday, September 05, 2006

Se fores que seja para sempre


Se fores que seja para sempre
Se partires não te despesas
Não penses que ficarei contente
E para não chorar não pesas

Não te venhas despedir
Porque um adeus dói ainda mais
Não me pesas para sorrir
Sobre os dias que não vão ser mais iguais

Os dias seram cobertos de lembranças
Os dias seram cobertos de saudade
Faltara sempre a força e a esperança
E todos aqueles momentos de amizade

Com tudo as recordações não seram apagadas
E irei sempre recorda-las
Passe o tempo que passar
Venha quem quiser apaga-las

E por aqui se dá o desfecho
De mais um ciclo vivido
Assim eu própria revejo
Que foi tempo perdido!