Saturday, April 19, 2008

Abraço


A ela,
Peco-lhe que me dê
Somente aquele abraço que afugenta a saudade
Aquele abraço que nunca senti
Aquele abraço que nunca por ela me foi dado
No fundo, nunca o tive

Ela faz-me sentir pequena,
Ainda mais pequena,
Ainda mais deserta do que hoje possa ser
Cada gesto soa-me bem,
Por acredita?
Sim também.

Ela é calma,
Repleta de sentimento
Que fluí e me contagia
Acredito nela
Sem nunca a ter visto,
Apenas tento sentir mutuamente
Cada sorriso, cada passo
Sinto-o naquela só abraço
Que ela nunca me deu,
Que eu nunca senti
Sinto,
Sinto sim.

Sinto e sei que a alma dela é pura
Límpida como um céu sem nuvens,
Digo isto mas nunca a vi,
Será que nunca nos cruzamos
Ou em outra a vida a perdi?

Lúgubre é o destino,
Que um dia possa separar nossas almas
Acorrentar os nossos destinos,
Os nossos caminhos, nossas vidas
Nesse instante estarei no alto
Á espera de me cruzar,
Com ela,
Para a poder abraçar.